Os sentimentos insuflados de importância pessoal.
Levam ao que se vive, a essa construção
Desigual.

Aos que comandam,
Resta-lhes uma mentira patológica
A verdade não é mais uma opção.
É uma realidade paralela.

Sobrevive-se sem remorso ou culpa.
É mais fácil viver enganado
Do que engajado
Do que aliado ao bem.
Prefere-se não ver.

Suas emoções são superficiais
São compráveis
Negociáveis
Consumíveis
Digeríveis

Já não se sente empatia pelo próximo
Só se aprende a segregar
E a excluir. Não há amor.
Não há.

Nosso estilo de vida parasitário
Sempre se precisa de alguém para culpar
Para ser feliz ou infeliz

Você é mais.
Pode ser mais.
Sozinho ou não.
Sua parte é crucial.

(Fará)

Cansei dessa pergunta:
O que você quer ser?
Pergunte-me algo novo.
O que eu não quero ser?

Não quero ser fria nem fraca.
Hipócrita ou egoísta.
Infame.

Pergunte-me algo forte.
O que desejo da vida?
Desejo a felicidade
a intensidade das cores.
As canções fortes
As que vibram no peito.

O que quero?
Quero ser rosa e verde
e quando preferir ficar roxa

Não sei!
Eu posso dizer.
Só isso, não sei.

(Fará)

Prefiro essa incerteza
É bem mais proveitoso
Imaginativo e inconcluso.

Do que adianta ser certo?
Se posso mudar na hora que quero.
Pois é melhor não saber mesmo.
Acreditar no tal destino.

Que destino o quê!

Metamórfica

O bom de ser mulher é ter fases.
Azar praqueles que têm que aturas tais fases.